sábado, 19 de outubro de 2019

Os brutos também amam


AZUL É A COR MAIS QUENTE


Sem dúvidas, o melhor filme que o homem legou a humanidade. A obra,  que resume a mais cruel exposição da sexualidade feminina em todos os tempos, arrebatou a Palma de Ouro no festival de Cannes em 2013  e, para não ser diferente de uma produção maldita,  chocou e choca todo mundo até hoje.

A  maestria com que o marroquino Abdellatif Kechique narra o amor entre duas mulheres que são diferentes em tudo não tem sombra. Uma, lésbica, intelectual, muitas posses. Outra, indefinida, professora de escola infantil do subúrbio, pouca ou nenhuma posse e que gosta de Spaghetti.

Azul passou no Canal Max, no decorrer de uma madrugada de carnaval, de domingo para segunda, horário inalcançável pelos fofos. Nessas horas, tudo que não é comum aparece, sai das coxias, surge das trevas. 

É como Os brutos também amam, de Roberto Carlos, gravada pelo rei Aguinaldo Timotel, para uns não quer dizer nada, para muitos mexe, incomoda, sacode. 

Quem assistiu TAMPOPO – Os Brutos Também comem Spaghetti e se lembra da cena da gema do ovo, que viaja nas bocas dos atores, em um vai e vem até estourar na hora do gozo, sabe o que estou dizendo.